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Nova etapa
Após 28 dias, mobilização da Sala de Situação é concluída 471a40
Com declínio nos níveis no canal São Gonçalo e na Lagoa dos Patos, reuniões diárias e presenciais foram encerradas; foco a a ser a reconstrução 516q29
Foto: Jô Folha - DP - Com níveis das águas diminuindo, foco do Município a a ser a reconstrução; em despedida da Sala de Situação, Prefeita se emociona ao relembrar os dias de trabalho
Instalada no 9º Batalhão de Infantaria Motorizada (9º BIMTz), a Sala de Situação foi criada diante dos impactos que o grande volume de deságue do Guaíba na Lagoa dos Patos representava a Pelotas. Com as inundações que se aproximavam, as ações tomadas diariamente pelo Município foram baseadas no trabalho do corpo técnico da UFPel de monitoramento ininterrupto dos níveis da Lagoa dos Patos e Canal São Gonçalo, assim como das condições meteorológicas. A integração também foi composta pelas forças de segurança e Defesa Civil. A partir do cenário de diminuição das cheias e encaminhamento para normalização, as atividades na Sala de Situação foram concluídas no final da manhã desta quinta-feira (6).
De acordo com o meteorologista Henrique Repinaldo, o cenário em Pelotas está "controlável", com a previsão de tempo seco, ventos norte e calor, condições favoráveis ao escoamento das águas. Já a matemática Daniela Buske ressalta que ao longo dos últimos dias está havendo uma diminuição significativa das cheias e espera-se uma redução maior nos próximos cinco a dez dias, com a normalização das águas até o final de junho ou início de julho. Nas áreas mais baixas, em pontos do Laranjal, Z-3 e Pontal da Barra, deverá levar entre 15 e 20 dias para o escoamento maior. "São locais que tinha muita água e ela não vai voltar para dentro da Lagoa, ela vai evaporar ou ser drenada".
Mesmo com o tempo demorado para a diminuição dos alagamentos, não há mais previsão de aumento dos níveis. Com isso, o mapa de áreas de risco foi atualizado e somente os locais que continuam inundados e seus arredores estão sinalizados como pontos de alerta. Além da conclusão das atividades na Sala de Situação, de acordo com a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), o mapa não será mais necessário quando o São Gonçalo chegar ao mesmo nível de setembro do ano ado, de 2,40 metros.
De acordo com a medição da tarde de ontem, o canal estava em 2,60 metros. "Hoje só concluímos essa etapa da sala de situação, mas continuamos integrados, temos um grupo onde trocamos informações, vamos continuar com o apoio técnico da universidade e com as forças de segurança mobilizadas", declarou Paula.
Emocionada ao agradecer a todas as frentes que compam a Sala de Situação, a prefeita relembrou o primeiro dia de reunião com os técnicos da UFPel, ainda no Paço Municipal, como um dos mais desafiadores desde o início das cheias. "Eu tinha que dizer que 100 mil pessoas poderiam ser atingidas sem gerar pânico, até porque talvez não fossem, como graças a Deus não foram. Foi uma decisão muito difícil. Foram momentos muito difíceis, mas eu nunca me senti sozinha no caminho até essas decisões".
Reconstrução
O foco a partir da estabilização das águas a a ser a contagem de prejuízos e a reconstrução. Segundo a prefeita, nesta sexta-feira (7) equipes do Sanep, e da secretaria de Serviços Urbanos e Obras estarão se deslocando para o Laranjal, em um mutirão contínuo de recolhimento de entulhos, auxílio aos moradores atingidos e recuperação dos espaços públicos danificados. "Isso vai acontecer depois na Z-3, porque lá as águas estão baixando mais lentamente e depois também vamos chegar no pontal [da Barra]", explica.
Somado a isso, a gestora acrescenta que o Município está finalizando o projeto de lei que será enviado à Câmara de Vereadores estabelecendo o auxílios aos empreendedores afetados. “Temos que olhar para a frente porque agora temos outro desafio que é a reconstrução da cidade, reconstrução econômica, para aquelas pessoas que precisam voltar para a casa, então temos outros desafios”.
CEEE Equatorial
Na última reunião da Sala de Situação, o representante da CEEE Equatorial, Diego Morales, em áreas de alagamento, não haverá faturamento da conta referente aos meses de maio, junho e julho. "Isso não quer dizer que não haverá cobrança do consumo, não terá esse faturamento nos três meses e terá esse acumulado em agosto, que a Equatorial decidirá como será feito, se parcelado, com ou sem juros".
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